Comecei dividindo o meu fone de ouvido. E a minha perna direita.
Tocava Jobim. Um lounge à brasileira. Uma bossa internacional. Patife, eu acho.
Um fone caiu. A noite também.
Eu continuava no Tom. Ela estava em outra. Olhava pra mim.
O som que cortava o ambiente era o meu batuque. Na mão dela. E eu não ouvia.
Só ouvia a Lígia. E o cabelo dela balançando (dela, não da Lígia).
A conjuntura internacional não favorece, mas ela me faz não pensar nisso.
E ela só pensa naquela bermuda de velcro. Ou zíper, sei lá eu. Só sei que começo a pensar nela também. E na bermuda.
Eu quero o mundo. Ela quer o instante. A gente se completa.
E eu adoro ver ela querendo o mundo. E odeio me ver querendo o instante. A gente se completa.
E o meu instante era aquele fone caído, aquela bermuda aberta e o coração batendo forte. E a gente se completa.
Ouvindo - Tom Jobim - Lígia
3 comentários:
gostei tanto desse,
me fez lembrar a leveza da Mari!
^^
sim,
voltei a postar!
e a comentar!
hahaha
beijos, raphael!
nunca mais vai atualizar é??
só pq ta namorando n tem mais tempo pro blog??
tsc tsc tsc...
[meu blog mudo de nome, muda aí o link ;D]
Bem que a minha irmã disse que você escrevia bem ;¬]
Postar um comentário